domingo, 27 de março de 2011

Por que é tão difícil?


Por que é tão difícil?
Lucas Ribeiro



Só percebo as coisas quando já se foram
E quase não sei como dizer

E as que não dizem por que vieram

Sempre me fazem perceber


Por que é tão difícil, de enxergar você?


A verdade sempre vem à tona
Quando eu resolvo dizer
E a canção então se transforma
Em uma nova maneira de entender

Por que é tão difícil, de me enxergar?


Se eu não sou ninguém que se possa acreditar
Melhor então ser eu mesmo...
Mas já é tarde então teremos que deitar
Amanhã o dia começa cedo...

Queria ao menos que fosse hoje
O dia que perdemos ontem
Que aqueles mesmos problemas fossem
Como aquilo que não houve

Por que é tão difícil, difícil de resolver

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um dos melhores shows

Pra começo de conversa gostaria de dizer que eu fui bem "relaxado" com esse blog durante as férias, prometi pra mim mesmo que postaria pelo menos alguma coisa por semana mas como ja era previsto não fiz, só agora que atualizei o layout e o topo do blog que como todos podem ver agora está "2011". Agora sim podemos tratar do que nos interessa neste post.

Não é segredo pra ninguem a minha paixão pela musica e principalmente pela musica que eu faço, a musica que minha banda faz. No ultimo final de semana das férias, em uma sexta feira nós fizemos um show que com certeza vai ficar marcado em nossas vidas para sempre (mesmo sabendo que Ser pra sempre é coisa de ilusão, vide "Sem Solução-Lucas Ribeiro") devido ao cenário que foi sendo construido durante a semana, ao evento e ao público que foi peça principal no sucesso dessa apresentação.

O Show aconteceu na 1ª Semana da Musica de Orizona organizada pelo verador Ronaldo Costa meu amigo que contou tambem com a minha ajuda e com os meus "palpites", a semana tinha como propósito esquentar um pouco o fim de férias, dar esse "gostinho de saudade" de Orizona nas pessoas que moram, estudam e trabalham no municipio, tambem nas pessoas que são da cidade porem vivem em outros municipios e por fim divulgar de forma incentivadora as revelações da musica que surgem em Orizona que como em qualquer outro lugar, enfrentam a dificil sina de conseguir um espaço para mostrar seu talento.

Por ter sido organizada um pouco às pressas, tivemos uma dificuldade para divulgar massivamente, divulgamos na rádio local e nas redes sociais e tambem por ser a ultima semana das férias boa parte do público alvo ja não estava mais de férias e consequentemente voltado para as suas cidades, para suas faculdades, trabalhos, etc. Segunda feira, 1º dia de show com a Usukapião, banda recem formada por jovens garotos que tem muito a oferecer musicalmente, fazendo um pop rock bem descontraido e novo, na terça show com a Dupla Cristian e Leandro cantando sertanejo universitário, na quarta e na quinta decidimos que por problemas "logisticos" não haveria apresentações.

Na sexta feira nós decidimos que encerrariamos com chave de ouro, um mega evento, contratamos uma boa estrutura de som e luz, divulgamos via propaganda volante (Leia-se: Manézinho), corpo a corpo e tambem com flyers nas redes sociais. A noite prometia!

Promessa cumprida, noite aberta novamente pela banda Usukapião que cantou um repertório que eu defino como envolvente para um público estimado em 200 pessoas se dividindo entre famílias, jovens, adultos, idosos e crianças.

O público foi fiel ao envento e permaneceu até o final da 1ª apresentação e cada vez mais aumentando de tamanho, logo após o show dos meninos nós subimos no palco (GO010), a vibração positiva que a galera transmitia era enorme, praticamente todo mundo junto ao palco, pulando, dançando e cantando as musicas junto com a gente, foi simplesmente mágico. Cantamos um repertório que resgatou clássicos do Rock Nacional e tambem 8 musicas do nosso novo projeto "Ensáios" que pretendemos em breve lançar no nosso Myspace.

Fechando com chave de ouro, o DJ BRuNiM que tocou teclado e sanfona no nosso show, mandou ver no Eletro House e no Funk que agradou muito quem permaneceu até o final do evento. Missão realizada, esperamos voltar em breve a Orizona e fazer mais um show que para nós sempre é especial porque na nossa cidade, santo de casa faz milagre SIM!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Comentário sobre Educação

Comentário que fiz no Blog quartouniversitario.com em um post sobre ENEM, PROUNI, REUNI, SiSU e a Morte do Movimento Estudantil.

Há toda uma escalada até chegar no topo da Montanha chamada Educação, e não adianta dizer um monte de frases de efeitos, chavões, clichês, etc., a verdade é uma só, Educação, Cultura e areas que são vistas pelos poderes públicos como segundo plano vivem de incentivos e não são vistos como prioridade até mesmo por nós estudantes vamos faculdade todo dia, só percebemos que alguma coisa mudou quando tem um trator e um monte de terra pra todo lado . Acredito que o ensino superior brasileiro nunca cresceu tanto como está crescendo agora, vários beneficios para os/as estudantes passaram a existir, porem tudo isso nos deixou muito mais acomodados e embriagados com uma estrutura física que cresce bastante e nos fazendo esquecer que o ensino público deve ser popular.
Apaixonados pelo movimento estudantil podem até me dizer, ahh hoje as lutas são outras, porem eu lhes pergunto que lutas são essas? O "movimento" está cada vez mais distante dos estudantes.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Do Silêncio a Gravação

No final de semana passado a banda que chamo de "minha" não por ser dono mas por pertencer e ter muito orgulho de participar até que enfim começou a gravação do nosso primeiro projeto que se chama "ensaios", são 12 músicas autorais inéditas que a gente ja havia feito e que paramos para escrever durante esse ano todo. tinhamos uma meta de escrever 8 musicas para completar um repertório que posteriormente viriaria o projeto ensaios (que seria de 10 musicas somando as outras duas que eu ja havia feito a algum tempo), tudo isso em um ano, mas quando nos demos conta não conseguiamos parar de compor (principalmente Vinícius e Oséas).

Selecionamos as 12 que mais se pareciam em termos de estilo, tendencia, temática, etc. e decidimos gravar no estudio que ensaiamos (na verdade a gente ensaia no pátio do estúdio que fica dentro da oficina). Começamos gravando instrumento por instrumento só que devido uma pane no computador tivemos que parar e excluir todo o trabalho ja realizado, ou seja, de volta a estaca zero. nosso tempo pra cuidar disso ja era escasso então até voltarmos a gravar demorou bastante, tivemos uns 4 ensaios até esse dia.

Chegado o dia a metodologia de gravação mudou completamente, "vamos agora gravar tudo junto", "ao vivo" disse o Dionísio, assim fizemos colocamos o Danilo e sua bateria com os respectivos microfones dentro da sala do estúdio e nós ficamos no alpendre, uma estrutura de som ficava pra nós do lado de fora e ele dentro tocando. Essa estratégia não funcionou muito bem, tivemos que tocar primeiro, fazer as vias com baixo, guitarras e violão, depois ele fez as vias de bateria, depois eu fiz algumas vias de voz (faltam 9, fora os backin vocals).

Foi um feriado emendado com um final de semana inteiro cuidando dessa gravação, cheguei em casa (Goiânia) na segunda a noite exausto, minhas pernas pediam socorro, minha garganta bem fraca, todo esse esforço valera a pena e daqui uns meses estaremos com material de divulgação bem bacana tanto em mãos quanto na internet.

Um dia eu quero olhar pra esse texto, escutar esse disco, ver os vídeos e lembrar como era bom esperar uma semana inteira até chegar o dia de ir ensaiar, de fazer praticamente uma viágem até o local de ensaio, das nossas discussões até encontrar a melhor maneira de tocar determinada musica, entre outras lembranças que só os ensaios podem me trazer.

Espero que
o proximo post não demorar tanto!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dois Pesos...

Gostei bastante deste artigo e resolvi postar neste blog para a apreciação de quem se interessar...

Dois Pesos...
Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano (e o brasileiro também) tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Artigo de Maria Rita Khel publicado no site do O Estadão.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Projeto Radiola - O Resultado

Projeto Radiola - O Resultado
"O Publico era literalmente Nosso"

Passados alguns dias (quase uma semana) do show da nossa banda (GO010) no Projeto Radiola, resolvi escrever sobre essa apresentação que foi um pouco supreendente em alguns pontos, frustrante em outros porem foi muito positiva até porque, pela primeira vez a banda tocou em Goiânia e isso trouxe uma experiencia e tanto pra todos nós que vivemos aquele dia.

Durante a semana toda nós corremos para que tudo desse certo, porem cada coisa que a gente conseguia esbarrava em outra, a incerteza de como era o espaço do Teatro Liberdade, quem seria o público, se haveria público, como trazer o pessoal de Orizona pra cá, ou seja muitos problemas para serem resolvidos em três dias. Eu e o Oséas moramos aqui (em Goiânia), ficamos encarregados de cuidar das coisas que poderiam ser resolvidas aqui e o vinícius cuidou de organizar a van para trazer o wellington (baixo), o Danilo (bateria) e tambem nossos amigos que queriam assistir o show.

A passagem de som estava marcada para 19:30h, cheguei em casa, tomei um banho, preparei uma janta pra dar aquela reforçada (sabendo que a noite seria de muitas cervejas) e esperei o oséas passar la em casa pra gente ja ir pro teatro passar o som e esperar o pessoal chegar de Orizona. Nós dois saimos de casa faltando 15 minutos pra 20h pensando que estavamos atrasados porem fomos a primeira banda a chegar la no teatro, logo depois de nós, chegaram os integrantes da black queen (primeira banda a se apresentar), enquanto os nossos companheiros não chegavam eles "passaram o som" até 20:30h (horário marcado pra começar o evento), depois deles a gente passou o som e ficamos esperando deixa da organização pra começar.

A organização por sua vezes estava esperando juntar mais gente, mais publico pra começar o evento, praticamente todo o público era nosso, nossos amigos que nós chamamos, as outras bandas não divulgaram, se divulgaram, foi muito mal feito, isso deixou o Danilo e o Wellington um pouco chateados por ter andado 138km pra tocar para tão pouca gente, era como se fosse um ensaio, a organização esperava 200 pessoas, se tiver dado 50 foi muito. O público por sua vez era de alto nível, integrantes de outras bandas de Goiânia e nossos amigos que são apreciadores de boa musica.

Enfim, vamos começar disse Kaio (o organizador da parada), isso ja era mais de 21:30, Black queen subiu no palco, com uma cara de poucos amigos (literalmente) e mandou ver, não dava pra entender muito o que eles cantavam pois as guitarras estavam cobrindo a voz (o operador do som ja havia avisado mas eles não importaram muito com isso). Tocaram bem, durante 30 minutos assim que eles acabaram a gente ja se preparou pra começar.

A GO010 subiu no palco por volta de 22h, eu ja tinha bebido umas 4 ou 5 cervejas, subi sentindo uma leve brisa proveniente da Antartica e desci derramando suor. O Espirito Rock 'n Roll pairava sobre nós naquela noite, subimos no palco imbuidos desse espirito e tocamos nossas musicas como se estivessemos em um grande show aos moldes de woodstock (menos Lucas...), acho que foi a vez que menos errei e que menos dei bobeira durante o show, foi muito bom, tocamos bem, o único defeito foi que o violão do oséas estava baixo e o operador de som sumiu. Alessandra (namorada do Kaio e quem ajeitou o show pra gente) filmou tudo, to ancioso pra ver como ficou.

Assim que acabou o show nós fomos pra fora do teatro receber os abraços dos nossos amigos e tambem das outras pessoas que gostaram da apresentação, fizemos alguns contatos importantes isso foi muito bom e abre novas portas pra que a gente possa tocar aqui em Goiânia Rock City novamente.

Fim de papo, o "Expresso Orizona" partiu, não esperamos o show da ultravespa, quanto a musica que eu mais gostei de ter tocado ainda estou dividido entre Desencontro Marcado, Se for esquecer e Quando, Olívia disse que a melhor foi Sem solução e que nós estamos melhorando muito, fiquei feliz em ver e saber disso e cada dia que eu toco com esses caras, aumenta minha vontade de tocar o que eu gosto e o que me faz bem. Apesar das palavras mal escritas, acredito que me fiz entender.

Um beijo a todos/as e até o proximo post!